Acontece tanta coisa no nosso cotidiano, que fica difícil lembrar de tantos detalhes que preenchem nosso dia. Uma borboleta que se vê logo de manhã, um sorriso de alguém na rua, gotas de chuva no parabrisa, uma música antiga que traz as lembranças de volta tão abruptamente que parece que tudo acabou de acontecer, cheiro de mato, rir sozinha do nada, chorar por que pensei em um problama sem solução, ter medo do amanhã, tanta coisa...
Em tantos dias, não tenho como relatar o que me aconteceu. Mas sei que estou diferente. Sei que ainda sou a mesma. Esses dias, eu chorei e consolei minha mãe, e por alguns instantes, esqueci todos os meus recentimentos por ela, isso me fez bem. Passei 48 horas sem dormir, e isso me fez mal rsrrss. Comi tapioca na praça de Mosqueiro, como eu fazia quando era bem criança e meu pai nos levava lá num Golzinho verde ano 83. Algumas pessoas que habitavam o mundo nessa época partiram recentemente deixando algumas lacunas na minha família, e a mais recente foi minha tia na semana passada. Lembrei muito do enterro de uma amiga minha de faculdade, vítima de cancer a 2 meses da sua formatura. Ela tinha 26 anos. Enterros me deixam muito pensativa, não deprimida, triste etc..Mas pensativa. E nessas horas eu percebo que por milagre, nós é permitido desfrutar do mundo e fazer planos para o nosso futuro incerto. E que isso tudo pode acabar num segundo, como de fato acontece.
See you space cowboy...