quinta-feira, maio 17, 2007

Um post sobre Belém

Estou em Belém, há dois dias.
Eu sempre venho aqui, pelo menos uma vez por ano, desde que nasci. Ou melhor, desde que saí daqui, pois aqui é minha cidade natal.
Tem certas coisas que sempre tem que se fazer aqui em Belém, como ir a museu Emílio Goeldi (que dessa vez teve razões mais estranhas do que seria normalmente rsrsrs), visitar minha vó, passar na Travessa Curuzu (onde existe uma casa que recentemente transformou-se em duas, onde vivera a família da minha mãe por um longo período de tempo, mais de cinquenta anos, até o ano passado meu avô e minha tia ainda moravam lá...mas ambos já faleceram), percorrer a Almirante Barroso de cabo a rabo, e é claro a parte gastronômica: sorvete da Cairu (sorveteria tradicional daqui), açaí com farinha de tapioca, tacacá, bom-bom de cupuaçu "o verdadeiro" e sempre comer para não fazer feio na casa da vó ou de alguma tia.
Esses dias eu notei que o tempo tá passando.
As coisas aqui já não são como eram antes.
Meu pai está ficando grisalho;
Meus parentes mais velhos estão morrendo, ou estão muito velhos;
Minha vó está com mal de Parkinson;
A cidade me parece tão agitada, tão diferente e ao mesmo tempo igual ao que sempre foi: um lugar cheio de árvores amazonicas, com cheiro de madeira e fumaça de motor, cheio de pessoas com um rosto familiar (parecem comigo?) e que me chamam de "Alhinhe"
Eu amo essa cidade, mas não sei se me adaptaria a viver aqui.
É um lugar muito muito familiar pra mim, mas ao mesmo tempo estranho...

Estou feliz de estar aqui.

See you Space cowboy...

3 comentários:

Anônimo disse...

Todo homem é resultado de sua história. E sua história é a que faz com que sejamos tão deliciosamente interessantes. Que bom que está tendo tempo de rever essas coisas de sua terra natal. =)

D disse...

mas volta logo.
Sempre tenho a sensação de ruptura quando vou à Tutóia ou Parnaíba. Algo que não era para ser e é. Ou deveria ter acontecido. E é como se não tivesse passado tempo algum ou todo o tempo derepente caisse e me esmagasse. Sempre é estranho-quase-ruim.É como se não houvesse um lugar que eu pudesse chamar de casa.
como se eu não fosse de lugar nenhum...

Anônimo disse...

Há algo que precisa ser descoberto (ou redescoberto)...
Lembranças...

Um abraço!
Volta logo!